Ouvir vozes
então lá do fundo obscuro
uma voz difusa, familar
disfarça e assunta
(quase questiona?):
– então o que seria,poeta,
todavia se assim não fosse?
– sabe-se lá? Borboleta? quem sabe o ar?
Ou melhor: um farfalhar de cores vivas,
em movimento curvilíneo inconstante,
flertando com a imprevisível atmosfera.
O que eu queria? Ser a própria poesia