balinhas
o papel crocante que
envolve bala rubra
o papel sedoso que envolve doce a bala sanguínea
mal esconde a cárie aberta no peito frio, num belo espetáculo
jornalístico
bandeira de papel, comoção e ódio reverenciada na esquina,
banhada numa poça violenta, dor eternizada pelo flash
instantâneo
sussurra a voz fantasma de crianças: as balas não são feitas de infância
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